A economia brasileira está começando a reagir. Aproveitando o início do bom momento, o setor farmacêutico começa a pensar em projetos de expansão. O Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) levantou quatro perspectivas positivas para 2017 em relação à produção, vendas e geração de empregos:
1 – Aumento de dois dígitos e expectativa de novas contratações
O segmento farmacêutico tem sido um ponto fora da curva, já que apresenta bons resultados independente da crise financeira brasileira. Para 2017, o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, a indústria farmacêutica espera que a equipe econômica do governo consiga melhorar o cenário, diminuindo taxa de juros e ajudando a retomada do consumo.
“Se isto se confirmar, projeta-se um crescimento de 10% do mercado de medicamentos neste ano. Há ainda outro aspecto que gera otimismo. Com o dólar a R$ 3,20 o Brasil é atrativo para as multinacionais. Esse dado, somado à estabilidade da economia, cria um ambiente favorável para a retomada de investimentos, tanto de empreendedores locais quanto de players internacionais”, assinala.
Além disso, as empresas do setor têm conseguido manter e até aumentar as ofertas de empregos. “Em meio à crise, o setor deu sua contribuição ao País. Num contexto de desemprego elevado e generalizado, ter contribuído para preservar e até aumentar postos de trabalho é auspicioso”, afirma Mussolini.
2 – Novos investimentos
Os laboratórios prevêem expandir suas atividades ao longo do ano. “Existem investimentos e planos de expansão em andamento, especialmente pelo fato de o País ter a quinta maior população do mundo, estar passando por uma importante mudança demográfica, com o envelhecimento da população e ter uma parcela da demanda ainda não suficientemente atendida”, observa o diretor da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Pedro Bernardo.
O Teuto, por exemplo, prevê o lançamento de 250 novos produtos nos próximos anos, resultado de investimentos de R$ 200 milhões nos últimos anos. Já a Roche Farmacêutica está investindo R$ 300 milhões até 2020 em sua fábrica no Rio de Janeiro.
3 – Varejo não quer pensar em retração
As farmácias têm mantido ritmo de vendas, principalmente por causa da aquisição de medicamentos e pelo cliente não frear totalmente as suas compras. “O consumidor resiste mais em cortar produtos de uso pessoal. Ele pode até reduzir a compra, mas não elimina”, afirma o presidente do Provar-FIA e do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar), Cláudio Felisoni de Angelo.
E não somente a conveniência em produtos tem um consumo, mas o nascimento do centro de conveniência em serviços de saúde. Os consultórios farmacêuticos começam a ser uma realidade nas grandes redes.
4 – Projetos de expansão
Assim como a indústria, as farmácias também estão com planos de aumentar suas redes. “Demos continuidade ao plano de expansão da rede, investindo R$ 150 milhões principalmente na abertura de novas unidades. Com um ritmo de abertura de uma loja a cada três dias, somamos mais de 930 unidades em cerca de 320 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal. Mantivemos firmes a nossa meta de chegar a mil pontos de venda em 2017”, exemplifica o diretor de expansão e novos negócios das Farmácias Pague Menos, Carlos Henrique de Queirós.
A Raia Drogasil revela que tem um plano de expansão forte para 2017, com uma projeção de abertura de 200 lojas por ano, meta atingida no passado. “O ponto mais importante na trajetória de crescimento da Raia Drogasil tem sido o foco em entender as necessidades dos clientes. Respeitamos as características regionais e estamos sempre observando as transformações sociais que ocorrem no País”, confirma o vice-presidente de Relações Institucionais da Raia Drogasil, Antonio Carlos de Freitas.
Fonte: Guia da Farmácia - Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma)
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