
Você está no meio de um tratamento médico e aí surge aquele convite para uma grande festa de casamento ou para um aniversário de um querido amigo. Surge a dúvida: será que posso tomar pelo menos uma latinha de cerveja ou uma dose de bebida destilada?
Afinal, o álcool corta ou não o efeito dos medicamentos? Quem responde é o clínico-geral e nutrólogo Marcos André Malta.
O médico, inicialmente, explica que todo medicamento é eliminado do corpo com um determinado tempo previsto, e, como a bebida altera o metabolismo, a eliminação pode ocorrer antes ou depois do tempo, prejudicando o tratamento.
Anti-inflamatórios: a bebida aumenta a eliminação do medicamento pelo corpo, o que acarreta em diminuição do efeito do medicamento. Pode haver uma sobrecarga do fígado já que a bebida e o medicamento vão ser metabolizados no órgão.
Corticoides: medicamento derivado do colesterol, ou seja, tem muita gordura e é metabolizado de forma mais lenta. A bebida pode atrapalhar o efeito esperado pelo médico.
Analgésicos e anti-térmicos: depende da molécula que são formados. No caso do Paracetamol e da Dipirona, que são os medicamentos mais conhecidos, a velocidade de eliminação do medicamento do sangue vai ser mais rápida com a bebida e, da mesma forma, o efeito vai ser menor.
Antibióticos: se o médico passou um medicamento deste tipo e a pessoa continua bebendo álcool, o efeito não vai ser efetivo no organismo. O ideal é parar de beber enquanto está fazendo o tratamento.
Anticoncepcionais: tem moléculas de colesterol, da mesma forma que os anabolizantes e corticoides. O medicamento fica cerca de 24 horas no organismo e depois é eliminado, mas com a bebida a duração pode cair pela metade. Isso pode causar problemas, já que a mulher pode achar que está protegida. O ideal é que nos primeiros seis meses de uso do anticoncepcional, a bebida seja diminuída.
Antidepressivos: são medicamentos que vão diretamente para o sistema nervoso central. O álcool inicialmente aumenta o efeito do antidepressivo, deixando a pessoa mais estimulada. Mas após passar o efeito da bebida, a pessoa se sente ainda pior, e a depressão pode aumentar por fatores como ressaca e preguiça, que a bebida pode deixar.
Fonte: Guia da Farmácia
Foto: Shutterstock
-
Genéricos crescem 7,04% em 2025 09/05/2025 Ao completar 26 anos, os medicamentos genéricos registraram um crescimento de 7,04% nas vendas em 2025, totalizando 553 milhões de unidades comercializadas entre janeiro e março — frente aos 517 milhões contabilizados no mesmo período de 2024.
-
Canetas emagrecedoras só poderão ser vendidas com retenção da receita 17/04/2025 Todos os medicamentos agonistas GLP-1, incluindo Ozempic, Mounjaro e Wegovy, estão na lista de produtos afetados. Entenda a medida.
-
Reajuste médio de preços dos medicamentos fica abaixo da inflação geral 01/04/2025 O índice de reajuste anual de preços de medicamentos deste ano varia de 2,60% a 5,06%, com um reajuste médio ponderado de 3,48%. Isto significa que o índice de reajuste médio é menor do que a inflação geral do período – 5,06%, variação acumulada do IPCA em 12 meses, de março de 2024 a fevereiro de 2025.