Avanço vem dos genéricos e das companhias locais.

Os gastos com medicamentos na América Latina deverão somar US$ 80 bilhões ao fim deste ano. A projeção é da consultoria especializada IMS Health e significa um avanço importante frente aos US$ 67 bilhões registrados nos doze meses até fevereiro.

"Os países emergentes continuam guiando o crescimento do setor. O avanço vem dos genéricos e das companhias locais, e a expansão do acesso das populações aos medicamentos tem sido a base deste crescimento", afirmou o diretor executivos do IMS, em evento em São Paulo, Murray Aitken.

O crescimento, segundo levantamento do IMS, tem um componente forte de preço - dado que a inflação nestes países tem avançado nos últimos anos. Mas é sustentável, já que a maior parte do avanço vem dos ganhos da indústria em volume e mix de produtos, além de novos medicamentos inseridos no mercado.

Segundo o vice-presidente de consultoria e serviços do IMS para a América Latina, Sydney Clark, o segmento de medicamentos isentos de prescrição tem um papel importante na região, bem como as vendas dos genéricos.

Na América Latina, as empresas que lideram em vendas são a francesa Sanofi, a brasileira EMS, e a americana Pfizer. Seis, das dez maiores companhias que atuam na região têm seus negócios alavancados pelos medicamentos isentos de prescrição, enquanto sete delas trabalham com genéricos.

Globalmente, o mercado de medicamentos vai movimentar neste ano um total de US$ 1 trilhão, de acordo com o IMS.