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Mercado farmacêutico deve dobrar até 2017
03/08/2012 08:52:13
O aumento da renda dos consumidores, a ampliação do acesso a planos privados de saúde e o envelhecimento da população devem fazer o mercado farmacêutico brasileiro de varejo mais do que dobrar em cinco anos, de acordo com estimativa da consultoria IMS Health. Após crescimento de 19% em 2011, movimentando R$ 38 bilhões em vendas, este segmento deve atingir R$ 87 bilhões em 2017.
O diretor-comercial e de Marketing da consultoria, Paulo Murilo Paiva, falou com exclusividade ao DCI sobre o impacto do programa Farmácia Popular, a perda de patentes de medicamentos de referência, o aumento do poder de negociação de preços dos grandes compradores farmacêuticos, medicamentos biológicos, a crescente importância dos países emergentes no cenário global, entre outras questões que explicam o que impulsionará o mercado farmacêutico brasileiro nos próximos anos.
Farmácia Popular
O programa Farmácia Popular, de distribuição gratuita de medicamentos para as doenças mais comuns da população brasileira, já representa, em 2012, 7,7% do volume de doses do mercado nacional, que está hoje em cerca de 90 bilhões de doses. A preço de compra das farmácias, o programa movimenta o equivalente a R$ 1,5 bilhão em vendas, ante R$ 300 milhões no começo de 2011. Segundo o IMS Health, o avanço dessa política não só impulsiona o volume de vendas, como altera o mix competitivo das empresas.
"Pacientes que usavam medicamentos que não estão na farmácia popular, analisando com seu médico, optam pela troca do produto. Isso faz com que aumente a competição entre produtos que estão e que não estão no programa", explica Paiva. Segundo ele, isso favorece empresas que podem trabalhar com os preços praticados na Farmácia Popular. E a competição deve crescer, à medida em que novas terapias sejam incluídas no programa -hoje são cerca de oito, sendo hipertensão, diabetes e asma as principais - e que ele se expanda geograficamente. "Hoje o Farmácia Popular é muito presente nos grandes centros, mas está mudando para atingir os municípios de baixa renda", diz o consultor.
Patentes
O Brasil tem R$ 1 bilhão em vendas de medicamentos que perderão sua patente até 2016. De 2016 a 2020, é mais R$ 1,8 bilhão. "Se considerarmos o mercado total do Brasil, que é de R$ 45 bilhões, R$ 1 bilhão é um nada, tudo que tinha que perder patente, de grande porte, já perdeu", diz Paiva. Hoje, 94% do mercado brasileiro de varejo em valor já não é mais protegido. Os genéricos atingem 22% do mercado, considerados preços saídos de fábrica, e 12%, considerados preços praticados no varejo, segundo o IMS.
Já no âmbito dos medicamentos de uso hospitalar, como os oncológicos, há maiores oportunidades a partir da perda de exclusividade, explica Paiva. "Mas há uma dificuldade que é a obtenção do biossimilar, muito mais complexa do que a do genérico, e as questões regulatórias, muito mais rígidas. Isso é uma barreira de entrada para empresas explorarem este mercado", afirma. No mundo, o mercado de remédios biológicos movimenta US$ 157 bilhões, e os biossimilares representam 2% desse valor.
Pressão nas margens
Outra mudança relevante para a indústria de medicamentos é o aumento do poder de negociação de preços dos grandes compradores. Isso ocorre devido à crescente consolidação do varejo farmacêutico, através de fusões e aquisições; do aumento do volume de compras públicas, e, no futuro, da assistência farmacêutica nos planos privados, atualmente tema de discussão em grupos de trabalho na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
De acordo com o IMS Health, o Brasil possui hoje 66,5 mil farmácias, cerca de 50% das quais são parte de grandes redes de varejo. "Isso dá às empresas um poder de negociação muito grande", diz Paiva. Por exemplo, o desconto médio da indústria para o varejo em genéricos é de 60%, sendo que esse tipo de medicamento já é 35% mais barato do que o produto de referência. Para o medicamento de referência, o desconto médio é de 16%, e o do similar, 40%. "Existe hoje uma pressão muito forte por aumento da margem do varejo e, consequentemente, redução da margem do distribuidor e do fabricante", diz.
Já as compras governamentais extravarejo movimentam cerca de R$ 8,2 bilhões atualmente. "De todo o gasto público e privado hoje de medicamentos para o mercado não-varejo, 53% ainda não é coberto por nenhuma lista dos programas do governo brasileiro, portanto esse mercado tem potencial para dobrar de tamanho". A assistência farmacêutica a ser oferecida pelos planos privados para doenças crônicas poderá representar uma redução de gastos públicos com medicamentos. "Mas ainda não é possível mensurar qual será o impacto disso."
Emergentes
Em nível global, o consultor aponta como tendência o aumento da importância relativa dos países emergentes. Em 2006, os Estados Unidos respondiam por 41% do mercado mundial, os principais mercados da Europa, por 19%, e o Japão, por 10%, enquanto os emergentes eram responsáveis por 14% da receita global. Em 2011, o mercado americano passou a representar 34%, os europeus, 17%, o Japão, 12% e os emergentes, 20%.
"A previsão para 2016 é que o mercado americano será 31% do total, os cinco principais mercados europeus, 13%, o Japão, em torno de 10%, e os mercados emergentes serão 30% do mercado global", conta Paiva. Ele, no entanto, ressalta que a produção de insumos continua concentrada nos mercados maduros. "Mudar isso demanda investimento em educação e pesquisa", conclui.
O aumento da renda dos consumidores, a ampliação do acesso a planos privados de saúde e o envelhecimento da população devem fazer o mercado farmacêutico brasileiro de varejo mais do que dobrar em cinco anos, de acordo com estimativa da consultoria IMS Health. Após crescimento de 19% em 2011, movimentando R$ 38 bilhões em vendas, este segmento deve atingir R$ 87 bilhões em 2017.O diretor-comercial e de Marketing da consultoria, Paulo Murilo Paiva, falou com exclusividade ao DCI sobre o impacto do programa Farmácia Popular, a perda de patentes de medicamentos de referência, o aumento do poder de negociação de preços dos grandes compradores farmacêuticos, medicamentos biológicos, a crescente importância dos países emergentes no cenário global, entre outras questões que explicam o que impulsionará o mercado farmacêutico brasileiro nos próximos anos.
Farmácia Popular
O programa Farmácia Popular, de distribuição gratuita de medicamentos para as doenças mais comuns da população brasileira, já representa, em 2012, 7,7% do volume de doses do mercado nacional, que está hoje em cerca de 90 bilhões de doses. A preço de compra das farmácias, o programa movimenta o equivalente a R$ 1,5 bilhão em vendas, ante R$ 300 milhões no começo de 2011. Segundo o IMS Health, o avanço dessa política não só impulsiona o volume de vendas, como altera o mix competitivo das empresas.
"Pacientes que usavam medicamentos que não estão na farmácia popular, analisando com seu médico, optam pela troca do produto. Isso faz com que aumente a competição entre produtos que estão e que não estão no programa", explica Paiva. Segundo ele, isso favorece empresas que podem trabalhar com os preços praticados na Farmácia Popular. E a competição deve crescer, à medida em que novas terapias sejam incluídas no programa -hoje são cerca de oito, sendo hipertensão, diabetes e asma as principais - e que ele se expanda geograficamente. "Hoje o Farmácia Popular é muito presente nos grandes centros, mas está mudando para atingir os municípios de baixa renda", diz o consultor.
Patentes
O Brasil tem R$ 1 bilhão em vendas de medicamentos que perderão sua patente até 2016. De 2016 a 2020, é mais R$ 1,8 bilhão. "Se considerarmos o mercado total do Brasil, que é de R$ 45 bilhões, R$ 1 bilhão é um nada, tudo que tinha que perder patente, de grande porte, já perdeu", diz Paiva. Hoje, 94% do mercado brasileiro de varejo em valor já não é mais protegido. Os genéricos atingem 22% do mercado, considerados preços saídos de fábrica, e 12%, considerados preços praticados no varejo, segundo o IMS.
Já no âmbito dos medicamentos de uso hospitalar, como os oncológicos, há maiores oportunidades a partir da perda de exclusividade, explica Paiva. "Mas há uma dificuldade que é a obtenção do biossimilar, muito mais complexa do que a do genérico, e as questões regulatórias, muito mais rígidas. Isso é uma barreira de entrada para empresas explorarem este mercado", afirma. No mundo, o mercado de remédios biológicos movimenta US$ 157 bilhões, e os biossimilares representam 2% desse valor.
Pressão nas margens
Outra mudança relevante para a indústria de medicamentos é o aumento do poder de negociação de preços dos grandes compradores. Isso ocorre devido à crescente consolidação do varejo farmacêutico, através de fusões e aquisições; do aumento do volume de compras públicas, e, no futuro, da assistência farmacêutica nos planos privados, atualmente tema de discussão em grupos de trabalho na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
De acordo com o IMS Health, o Brasil possui hoje 66,5 mil farmácias, cerca de 50% das quais são parte de grandes redes de varejo. "Isso dá às empresas um poder de negociação muito grande", diz Paiva. Por exemplo, o desconto médio da indústria para o varejo em genéricos é de 60%, sendo que esse tipo de medicamento já é 35% mais barato do que o produto de referência. Para o medicamento de referência, o desconto médio é de 16%, e o do similar, 40%. "Existe hoje uma pressão muito forte por aumento da margem do varejo e, consequentemente, redução da margem do distribuidor e do fabricante", diz.
Já as compras governamentais extravarejo movimentam cerca de R$ 8,2 bilhões atualmente. "De todo o gasto público e privado hoje de medicamentos para o mercado não-varejo, 53% ainda não é coberto por nenhuma lista dos programas do governo brasileiro, portanto esse mercado tem potencial para dobrar de tamanho". A assistência farmacêutica a ser oferecida pelos planos privados para doenças crônicas poderá representar uma redução de gastos públicos com medicamentos. "Mas ainda não é possível mensurar qual será o impacto disso."
Emergentes
Em nível global, o consultor aponta como tendência o aumento da importância relativa dos países emergentes. Em 2006, os Estados Unidos respondiam por 41% do mercado mundial, os principais mercados da Europa, por 19%, e o Japão, por 10%, enquanto os emergentes eram responsáveis por 14% da receita global. Em 2011, o mercado americano passou a representar 34%, os europeus, 17%, o Japão, 12% e os emergentes, 20%.
"A previsão para 2016 é que o mercado americano será 31% do total, os cinco principais mercados europeus, 13%, o Japão, em torno de 10%, e os mercados emergentes serão 30% do mercado global", conta Paiva. Ele, no entanto, ressalta que a produção de insumos continua concentrada nos mercados maduros. "Mudar isso demanda investimento em educação e pesquisa", conclui.
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