Projeto em comissão do Senado pode sustar os efeitos da resolução que retirou do mercado medicamentos para emagrecer.

Dois anos e meio após o governo ter proibido a venda e o uso de três tipos populares de emagrecedores no País, pessoas com excesso de peso recorreram a drogas de uso "off label" --registradas para outras finalidades--, se submeteram a mais procedimentos médicos e tiveram agravado o grau da obesidade.

É o que relatam especialistas em nutrologia e endocrinologia ouvidos pela reportagem, que defendem a volta ao mercado das substâncias femproporex, mazindol e anfepramona (do grupo das anfetaminas e seus derivados).

Elas foram banidas em 2011 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para a qual não há provas científicas de que as substâncias são eficazes, e o risco do uso delas superaria os benefícios à saúde.

Esse veto, porém, corre o risco de cair. Um projeto na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado susta os efeitos da resolução da Anvisa que tirou os anfetamínicos de cena. Se aprovado na comissão, o texto vai ao plenário da Casa e à promulgação pelo Congresso.

A expectativa é que a CCJ avalie o texto em 2 de julho.