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Anvisa é incapaz de controlar medicamentos, afirma Academia Cearense de Medicina 30/01/2014 08:52:13
Nesta quarta-feira, 29, a Academia Cearense de Medicina realiza assembleia para debater o uso e a comercialização de medicamentos no Brasil. De acordo com o órgão, esses procedimentos ocorrem "sem o devido selo de qualidade". 

Durante o encontro, será apresentada a "Carta de Fortaleza", documento feito após estudo na XV Bienal da Academia de Medicina, em maio do ano passado. De acordo com o documento, os medicamentos comercializados no Brasil não estão sendo avaliados adequadamente pela Vigilância Sanitária.

"A gravidade aumenta com a multiplicidade de apresentações farmacêuticas do mesmo produto, que disputam os menores preços. A criação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) representou um passo muito importante para que se alcance a Vigilância desejada, mas é notória a sua incapacidade para atender toda a demanda de avaliações, que deveria ser feita não apenas no momento do registro do medicamento, mas também, de forma periódica e sistemática, na continuidade da produção", cita a Carta.

Situação preocupante
Na assembleia, o médico clínico e professor da UFC, José Iran de Carvalho Rabelo vai palestrar sobre a necessidade da avaliação adequada dos medicamentos pela Vigilância Sanitária.

"Os medicamentos comercializados no Brasil não estão sendo avaliados e controlados adequadamente pelos diversos órgãos responsáveis pela Vigilância Sanitária. Lamentavelmente, percebe-se que médicos, farmacêuticos e odontólogos não se aperceberam da gravidade do problema e muito menos de sua existência. Quem mais sofre são os pacientes dos serviços públicos que são tratados com medicamentos adquiridos em concorrência pública onde, por força de lei, se privilegia o critério do menor preço", afirma o médico.

A assembleia ocorre no escritório da Academia, localizado na Reitoria da UFC, onde também será debatido o texto que representará a Academia nos Legislativos Estadual e Federal.

Anvisa contesta
A Anvisa já contestou a denúncia da Academia Cearense de Medicina. O gerente de Monitoramento da Qualidade e Fiscalização de Insumos Farmacêuticos, Propaganda e Publicidade da Anvisa, Tiago Lanius Rauber, afirmou que essa é uma impressão falsa.

De acordo com o gerente, todas as notificações recebidas pela Anvisa são avaliadas, mas nem todas são investigadas. "Nós recebemos em torno de 8 mil reclamações por ano. Não é possível investigar 100% dos casos. É feita uma avaliação de risco. Ela não foi investigada, mas a gente identificou que o risco não era tão alto a ponto de justificar. Existem outras queixas mais importantes que merecem uma ação mais rápida da vigilância sanitária."
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