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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de Evobrig (brigatinibe), medicamento que atinge e inibe o rearranjo ALK+ no câncer metastático de pulmão, em pacientes adultos previamente tratados. O medicamento será comercializado pela biofarmacêutica Takeda, empresa com mais de 238 anos de história.
O câncer de pulmão é o que mais mata no mundo, com incidência de 1,8 milhão de novos casos por ano. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) de 2018, no Brasil, o câncer de traqueia, brônquios e pulmão afetou mais de 31 mil pessoas. Entre elas estima-se que cerca de mil pacientes sejam CPNPC ALK+.
O tumor tem diferentes expressões, e a mais comum é o câncer de pulmão de células não pequenas, que representa aproximadamente 85% a 90% de todos os casos. Em 5% desses quadros há um rearranjo genético do gene chamado quinase de linfoma anaplásico (ALK), que produz proteína ALK de maneira anormal e, dessa forma, origina o câncer no organismo.
Até então, a forma mais comum de tratamento era a terapia-alvo. Porém, a metade dos pacientes sofre com o avanço da doença em menos de um ano, principalmente, com as metástases cerebrais em mais de 70% dos casos. O estudo ALTA, realizado para a aprovação do medicamento, demonstrou ganhos de sobrevida livre de progressão da doença, trazendo uma nova perspectiva para os pacientes com a condição.
O câncer de pulmão ALK+
O câncer de pulmão de células não pequenas ALK+ representa um rearranjo em um gene chamado quinase de linfoma anaplásico (ALK). Esse rearranjo produz uma proteína ALK anormal, fazendo com que as células cresçam e se espalhem. A doença é mais comum em pacientes mais jovens do que a população geral de câncer de pulmão. Além disso, sua causa não está associada ao tabagismo. Seus sintomas são tosse, falta de ar, rouquidão, bem como perda de peso e dor no tórax ao respirar. No mundo, aproximadamente 40 mil pacientes convivem com a doença.
Fonte: Guia da Farmácia
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