
O mês de abril acendeu um alerta para a indústria de medicamentos sobretudo para os fabricantes de genéricos. O volume de vendas em unidades no mês passado cresceu 13,31%, puxado pelo expansão das vendas dos genéricos. Esse tipo de medicamento, que já responde por uma fatia de 25% do total do volume de remédios comercializados no país, avançou 18,43%. Detalhe: foi o menor índice de crescimento registrado por esse segmento no mês de abril desde 2009. Naquele ano, na comparação com 2008, a expansão da venda de genéricos foi de apenas 16,8%, em resposta à crise financeira mundial, que afetou todos os setores da economia no Brasil. Segundo o presidente da Pró-Genéricos, Odnir Finotti, essa desaceleração no crescimento é resultado do aumento dos estoques nas farmácias e nos distribuidores.
Efeito da crise?
O aumento dos estoques nas farmácias e nos distribuidores ocorreu em dezembro do ano passado, num movimento das empresas de se antecipar ao reajuste dos preços dos remédios. Segundo Finotti, ainda é cedo para dizer que a desaceleração da economia atingiu também tem efeito nos dados.
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