
A Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em parceria com a AGP Pesquisas, atualizou a pesquisa feita em 2017, com informações sobre os atuais hábitos de compra na terceira idade, considerando a população com idade superior a 60 anos. “Realizamos este estudo para analisar os fatores que levam este público a consumir, que aspectos eles mais prezam em suas compras e a presença do varejo digital entre essa população. Além disso, avaliamos a experiência de compra e os aspectos mais valorizados no consumo de produtos e serviços”, comenta o presidente da SBVC, Eduardo Terra.
O estudo da SBVC contou com 510 entrevistados e, na pesquisa, 83,3% dos 60+ afirmaram que eles mesmos são o elemento responsável pelo controle das finanças e decisões de compra em sua residência. Na média da população entrevistada, o item mais importante no orçamento mensal são os gastos com mantimentos (R$ 666), seguidos por Moradia (R$ 591) e Saúde (R$ 395), que obtiveram queda em relação ao ano passado, R$ 892, R$ 805 e R$ 758, respectivamente. É importante ressaltar que o consumo se dá em uma ampla variedade de canais: 47% dos entrevistados costumam ir semanalmente a redes de hipermercados ou supermercados, 55% ao mercado local e 59% às lojas de hortifrúti. Apenas 31% costumam ir toda semana à feira livre (sendo que 21% afirmam nunca frequentar esse canal). Percebe-se que o consumidor com mais de 60 anos, ao mesmo tempo em que utiliza super e hipermercados, tradicionais e de vizinhança, em seu mix de consumo, também vai aos hortifrútis para o abastecimento de itens perecíveis.
Sobre a experiência no ponto de venda dos supermercados, a pesquisa sobre hábitos de compra na terceira idade identificou que, em 2017, os consumidores não a consideravam tão positiva, porém, para este ano, houve alteração, 32% consideram a experiência “muito boa”, versus 12% do ano anterior. Shopping centers não fazem parte do rol de escolhas e as farmácias são consideradas canais de reposição, sendo que 46% visitam essas lojas mensalmente.
Lojas cheias, filas, falta de atendimento são aspectos que atrapalham bastante a experiência de compra, pois dificultam o deslocamento pelo ponto de venda (PDV) e a finalização bem-sucedida da compra. “Assim como na primeira pesquisa, o que mais nos chamou a atenção é o fato de que itens relacionados exclusivamente à experiência de consumidores 60+, como a disponibilidade de áreas de descanso, elevadores, escadas rolantes, são muito menos relevantes para a satisfação dos clientes do que itens que também são importantes para clientes de outras faixas etárias, como caixa sem filas”, ressalta Eduardo Terra.
Metodologia e cenário
Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos próximos 20 anos, a população acima de 60 anos mais que triplicará, chegando a 88,9 milhões de brasileiros (39,2% da população). Ou seja, o Brasil está no momento de proporcionar mudanças e novas oportunidades de negócios em muitos segmentos, pois a população está envelhecendo em uma velocidade muito rápida, o que trará um grande impacto sobre os sistemas de saúde e outros, com elevação de custos e do uso dos serviços. O estudo entrevistou 510 consumidores em todo o País, e teve como objetivo quantificar aspectos relacionados aos hábitos de compra na terceira idade, com especial interesse na comparação entre lojas físicas e online.
Fonte: Guia da Farmácia
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