
O que os empresários podem fazer para amenizar o impacto do reajuste dos medicamentos
Como reequilibrar a conta? De acordo com o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma-SP), Nelson Mussolini, existem três maneiras de balancear a rentabilidade da indústria farmacêutica brasileira: reduzir o custo; aumentar a produtividade; ou aumentar o preço.
Para reduzir custos de produção, o caminho é conseguir comprar matéria-prima mais barata ou contar com uma valorização do real. “Provavelmente, o real nunca mais vai voltar àquelas faixas de US$ 1,5, quando a gente estava surfando em ondas muito boas. Mas se chegar a US$ 3, ou um pouco abaixo disto, nós já recuperaremos parte da boa rentabilidade”, prevê.
O valor da mão de obra vem em uma crescente, mas, devido ao aumento do desemprego, há uma tendência do salário médio cair. “Isso pode acontecer, o que nos ajuda. E a energia elétrica voltando aos patamares de 2014, já seria boa referência”, complementa.
Já o caminho de aumentar a produtividade está no lançamento de produtos. O problema é que todo novo medicamento exige pesquisa, que, por sua vez, demanda dinheiro. Com a queda de rentabilidade da indústria brasileira, o investimento em pesquisas pode ser comprometido a médio e longo prazos.
“A indústria ainda não está tirando o pé da pesquisa, mas está reduzindo custos. Infelizmente, existe muita empresa cortando a mão de obra, outras estão tentando racionalizar suas estruturas, para poder manter a pesquisa ativa e lançar novos produtos para melhorar a rentabilidade”, revela Mussolini.
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