Estratégia da diferenciação.

A crise que o Brasil enfrente afeta as farmácia também, a medida que o cliente fica mais seletivo.

A logica diz que se os consumidores estão com menos dinheiro, mesmo que busquem produtos essenciais, como os medicamentos, existe uma maior seletividade também. Já não compram toda a cesta, os farmacêuticos e balconistas insistem para que o cliente leve a “receita prescrita” de forma completa a fim de não haver prejuízo ao tratamento.

No quesito perfumaria, o consumidor tem pesquisado muito o preço. Tudo exige das farmácias algumas posturas:

  • Investir na equipe, para aproveitar as oportunidades: não desperdiçando a “visita” do cliente a farmácia. Ele não deixou de ir ate a drogaria. O que é essencial: técnicas de vendas e contorno de objeções.
  • Atender o cliente: nunca foi tão essencial o atendimento aos clientes em drogarias neste momento, isso por que eles as tem escolhido cada vez mais. Se todas as lojas estão “iguais”, sua equipe pode se diferenciar nesse quesito. Aqui não quero dizer apenas simpatia, sorriso e esse básico de atendimento, mas gerar uma maior conexão. O que é essencial: conhecimento de produtos e saber resolver as duvidas dos pacientes.
  • Gerar vantagens comerciais ao cliente: isso fara a diferença; se o cliente esta seletivo, ele precisa valorizar o dinheiro investido.  Aqui temos as oportunidades de: parcelamento; vendas com desconto, dependendo do volume; vendas garantidas, com o melhor preço, principalmente nos produtos de uso continuo; mix de produtos valorizando todas as faixas de valores, para que não se perca nenhum cliente; mix de produtos com os combos, mostrando vantagens ao cliente.
  • Fidelizar: as politicas de fidelização geram premio, descontos menores e diferenciados. Por isso, investir em fidelização é muito importante,, retendo o cliente por meio das vantagens. Em contrapartida a tudo isso, desse-se aumentar a qualidade da gestão, da performance, pois em primeiro momento, aumentar-se-ão aos custos (descontos, investimentos…)

Por isso

  • Monitoramento frenético: utilize mais controle nas operações. Tenha mais indicadores de desempenho da farmácia. Isso ajudara a mudar as estratégias.
  • Metas em todas as áreas: só podemos melhorar aquilo que medimos.
  • Caça aos desperdícios: forte controle nos custos; politicas de eficiência, com ganhos de escala; corte pessoas que não estão agregando valos ao negocio; coloque a remuneração focada na rentabilidade e não apenas em comissão (lembre-se de que devemos vender de tudo na farmácia e não apenas uma linha de produtos).

“Por Marcelo Cristian Ribeiro
Farmacêutico e consultor da Desenvolva Consultoria e Treinamento”

 

Contra paralisia da crise, a solução é se mexer!

Quando o cliente esta na loja é preciso valorizá-lo, realizando um atendimento personalizado, identificando as possíveis vendas cruzadas e, é claro, melhorando o tíquete médio.

Em períodos mais complicados, vencer sendo proprietário de um varejo do segmento farmacêutico requer cada dia mais uma mudança de atitude na relação com o consumidor. Isso por que mesmo para uma farmácia, onde parte dos consumidores utiliza medicamento de forma continua, isto é, tem sua reposição mensal prevista, é necessária uma nova postura para manter esta reposição vinculada à sua loja. E com certeza estamos falando mais do que desconto para isso, na verdade, estamos falando de uma postura de gerenciamento da carteira de clientes.

Isso por que esse público, se bem trabalhado, pode ser uma boa garantia de demanda para os seus produtos de uso continuo. Em outras palavras, é preciso atuar como repositor de forma ativa para esse grupo de pacientes, só assim você ira fugir do leilão da reposição, e como o próprio nome diz, vence quem participa com o menor preço e não quem oferece o melhor serviço, ficando assim claro a importância de um serviço bem estruturado para sair na frente da concorrência.

Hoje, o mercado de produtos de uso continuo, considerando também os produtos controlados com esta característica, deve chegar próximo a 30% da demanda dos produtos tarjados, o que reforça a importância de estar atento a essa reposição.

Estruturando o gerenciamento da sua carteira de clientes

1 – Identifique os produtos com essa característica e que valem a pena ser acompanhados.

2 – Ao vender, identifique seus consumidores e os cadastre em uma base de contatos futuros.

3 – Próximo ao fim da medicação, entre em contato com o paciente e proponha a reposição do produto, ainda que por meio de entrega na residência ou ate mesmo com o convite para prestação de um serviço na sua loja.

A oferta do serviço de aferição de glicemia/pressão arterial, por exemplo, pode ser um motivo, ou seja, você precisa trazer o cliente para sua loja antes do termino do produto levar o cliente a primeira loja que encontrar na frente.

Com, agora que você já tem o cliente na loja, é a hora de valorizar ainda mais a presença dele por meio de um atendimento personalizado, identificar as possíveis vendas cruzadas que possam interessar a este consumidor e, é claro, melhorar o tíquete médio da sua loja.

Um exemplo: o uso de hidratantes como a ureia para pacientes diabéticos é algo recomendado por muitos médicos por conta dos cuidados que o é diabético exige, logo, esta pode ser uma alternativa para complementar e melhorar o tíquete médio desse consumidor que foi convidado a voltar à loja para reposição de um produto para diabetes.

Acredite, um atendimento diferenciado é aquele que entende o motivo de ida a farmácia como o primeiro produto a ser comprado e não único a ser levado pelo consumidor.

 

 

 

 

 

 

 

Em busca de agilidade.

Há anos, a demora para o tempo de aprovação dos registros de medicamentos por parte da ANVISA é motivo de reclamação. Para tentar acertar o compasso, o senador José serra apresentou um projeto de lei que propõe mais rigidez aos novos prazos máximos.

O primeiro trimestre de 2016 foi agitado para os parlamentares brasileiros e o cenário tende a continuar assim. Decisões que podem definir os rumos políticos do pais são tomadas todos os dias. Mas em meio ao burburinho causado pela crise econômica e denuncias de corrupção, deputados e senadores seguem apresentando projetos de lei que visam promover mudanças de legislação brasileira.

Uma das propostas debatidas mais recentemente foi o projeto de lei do senado (PLS) 727/15, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que altera os prazos de concessão de registro de medicamentos na agência (ANVISA) e torna mais transparente a tramitação dos processos. Atualmente, a regra em vigor baseada na lei 6.360/76, concede o tempo de máximo de 90 dias para a conclusão dos registros, mas, na pratica, o prazo é desrespeitado com frequência.

Para discutiras mudanças propostas pelo PLS 727/15, parlamentares, representantes de entidades do setor farmacêutico e membros da ANVISA se reuniram em uma audiência publica, no mês de março ultimo. Na ocasião, o próprio presidente do órgão de vigilância, Jarbas Barbosa, assumiu o descumprimento do prazo máximo em alguns processos.

“Atualmente, a ANVISA leva 632 dias para concluir o registro de um medicamento novo, 1062 dias no caso de genérico e 1225 para medicamento similar.” De acordo com Barbosa, trata-se de um tempo menor que o praticado na Índia e na China e maior que o exigido por agências regulares de mercados mais desenvolvidos, como Europa e Estados Unidos.

Apesar do descumprimento do prazo máximo definitivo por lei ser uma realidade, o presidente da ANVISA fez questão de ressaltar que foram adotadas medidas para reduzir o tempo de registro de medicamentos e que as iniciativas já surtiram efeito positivo. “As novas drogas para hepatite C, por exemplo, foram meses, para todo o processo, tempo similar ou inferior ao que levou para registro tanto nos Estados Unidos como na Europa.”

Barbosa ressaltou ainda que a agência adotou resolução para agilizar o exame de processos de baixo risco para a saúde publica, que foram separadas dos mais complexos, ou seja, aqueles que exigem analises mais detalhadas. Para o presidente do órgão, é essa diferença do tempo requerido entre os diversos tipos de medicamentos que impede o cumprimento dos prazos do que determina a legislação em todos os registros. “é um prazo excessivo para alguns processos e impossível de ser cumprido para outros. Não há lugar no mundo em que um medicamento novo seja registrado antes de 90 dias. A lei caducou, era outra época”, argumenta.

Do outro lado
Mesmo diante das explicações, o autor do PLS 727/15 segue firme na defesa do encurtamento dos prazos, especialmente para o registro de genéricos. “os números são assombrosos. Se encurtamos esses prazos, aumentamos o atendimento e asseguramos a concorrência. Ou seja, preço e acesso. Esse é o proposito essencial do projeto”, declarou Serra, durante audiência pública.

A proposta do senador é de que novos prazos máximos sejam estipulados, a depender da categoria do produto. O projeto de lei prevê 90 dias para o registro de medicamentos classificados na categoria de determinados como prioritários; e 365 dias para os demais.

Representantes de entidades do setor farmacêutico concordam com a necessidade de reduzir o tempo de espera pelo registro de medicamentos, mas lembram que é preciso ir além de fixar novas datas no papel. “Não adianta criar novos prazos, sem que exista uma estrutura efetiva para cumpri-los”, alerta o presidente executivo do sindicato da indústria de produtos farmacêuticos no estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini.

De acordo com o executivo, a ANVISA se preocupou em estabelecer um trabalho de alto nível, mas o tamanho da estrutura da agência não acompanhou o elevado padrão de exigências. O descompasso acabou por sobrecarregar algumas áreas e promover atrasos. Por isso, o executivo julga o PLS 727/15 interessante, mas não a solução definitiva para o descumprimento dos prazos.

“Enquanto não houver vontade politica e uma gestão efetiva para resolver, o projeto ira criar mais uma lei que não será cumprida”, reforça. “É preciso conjugar alguns fatores. Criar uma estrutura necessária, com pessoas bem remuneradas, dispostas a cumprir suas tarefas, e estabelecer processos claros e bem definidos. Não adianta existirem pessoas e colocar mais gente para trabalhar, sem haver processos. As pessoas vão ficar batendo cabeça”, apoia Mussolini.

A estrutura insuficiente gera, além de atrasos nos registros dos medicamentos, problemas de relacionamento com as indústrias. Durante a audiência publica, o presidente da ANVISA afirmou que parte do atraso nos registros é de responsabilidade dos fabricantes, que, muitas vezes, não apresentam a documentação completa ao dar entrada no pedido de registro, exigindo que a ANVISA solicite a complementação de informações.

Mussolini rebate, citando, mais uma vez a necessidade de se estabelecer processos bem definidos, que não deem margem para duvidas e desentendimentos: “Como não existe uma clareza na legislação vigente, as vezes determinado pedido de registro exige uma complementação que não esta na lei. O técnico demanda um teste de bioequivalência que não esta previsto na legislação, por exemplo. Cada técnico faz a sua interpretação e exige uma informação a mais que não estava predeterminada. Por isso, digo que se não tivermos um processo claro para todos, dificilmente vamos resolver os problemas.”

Inciativas em curso
Ciente da necessidade de aprimorar a estrutura atual, a ANVISA assinou um acordo de cooperação técnica junto ao movimento Brasil competitivo (MBC). O objetivo de parceria é realizar ações voltadas para a capacitação profissional dos colaboradores da agência. O programa de formação aplicada dos servidores da ANVISA visa desenvolver a capacidade de analisar os impactos das ações regulatórias da agencia nos setores industriais, desenvolve o pensamento critico sobre os processos de trabalho, assim como as habilidades necessárias para cumprir efetivas ações de melhoria.

Diante de iniciativas como essa, o presidente executivo da associação da indústria farmacêutica da pesquisa (Interfarma), Antônio Brito, reconhece quem nos últimos dois anos, a ANVISA tem se esforçado para revisar os processos, reforçar a equipe e, com isso, reduzir os prazos para registro de produtos. “As estatísticas mostram que essa redução já começou a ocorrer. No entanto, o passivo era – e ainda é – tão grande que os prazos continuam sendo absolutamente insuportáveis”.

As consequências dos atrasos são graves, tanto para pacientes quanto para a economia da saúde. De um lado, prova os brasileiros de melhores ofertas terapêuticas e, do outro, prejudica o mercado farmacêutico.

“Quando vocês atrasa o registro de um produto novo, impede acesso da população a novas tecnologias que poderiam sanar uma serie de problemas. Com reação a produtos antigos, como é o caso dos genéricos esta se impedindo a concorrência. No fim do dia, as empresas perdem, pois deixam de participar do mercado, mas quem mais prejudica é a população” pontua Mussolini.

A necessidade de ajustes é clara e, segundo acredita a Interfarma, a ANVISA esta no caminho certo. “Hoje, a agencia tem um espirito muito voltado para a revisão dos processos, para a tentativa de combater a burocracia desnecessária e fazer agora o que deveria ter sido feito desde o inicio: concentrar a atenção naquilo que realmente envolva risco sanitário”, acredita Brito.

Como exemplo dos sinais de mudança, o executivo cita a aprovação das novas regras pós-registro,, ocorrida no fim de março ultimo. “Era um tema que ocupava grande parte do tempo e das pessoas da agencia. Esperamos que tudo isso contribua para que a ANVISA, em pouco tempo, possa ter prazos razoáveis.”

 

A importância do treinamento corporativo

Atualmente, o mercado esta passando por diversas dificuldades devido ao cenário econômico do Brasil. Consequentemente, a prestação de serviços com qualidade e eficiência torna-se o diferencial para se destacar em um mercado competitivo.

Consequentemente, a prestação de serviços com qualidade e eficiência torna-se o diferencial para se destacar em um mercado competitivo.

A base para a eficiência no serviço prestado é a educação dos colaboradores, pois as pessoas são, sem duvida, a parte mais importante de uma empresa e o sucesso de um negocio depende da capacitação da sua organização como um todo.

O treinamento tem o objetivo de educar, ensinar, mudar comportamento e fazer com que as pessoas adquiram novos conhecimentos e novas habilidades. Treinar é uma ferramenta eficaz na solução de problemas ou também uma maneira de se antecipar e evita-los.

Quando uma organização não tem a consciência da importância do treinamento, alguns problemas que poderiam ser evitados acabam ocorrendo, como: a perda de qualidade, baixa produtividade, conflitos internos, danos em ferramentas, desperdício de matérias, atrasos e ausências no trabalho.

Como ação preventiva para que não haja problemas dentro da organização, é primordial a existência de um programa de treinamentos que seja consistente, planejado e estruturado. A execução desse programa inicia-se com a entrada do colaborador na organização, sendo que o primeiro passo é a integração do mesmo com a empresa. A integração tem o proposito de capacitar e qualificar, visando ao bom desempenho e a aptidão nas tarefas propostas.

A administração desse processo é fundamental e os benefícios são conquistados naturalmente, como, por exemplo: aumento de produtividade, melhoria de qualidade, redução da rotatividade de colaboradores, flexibilidade, equipe autogerenciada, velocidade no ritmo das tarefas, empresa mais competitiva, aperfeiçoamento competitivo, descoberta de novas aptidões e habilidades.

Com todo esse processo sendo executado corretamente, a organização torna-se treinada e os benefícios ultrapassam os limites da empresa que, de forma positiva, conquista a satisfação dos clientes, realizando naturalmente a prestação do serviço com qualidade.

Reajuste anual

Como parte de um setor regulado, varejo e indústria debatem as consequências do aumento dos preços dos medicamentos estipulado para este ano.

O governo surpreendeu indústria, distribuidores, varejo e consumidores com o reajuste de preços dos medicamentos em 2016. Há dez anos, o índice ficava abaixo da inflação, mas, neste ano, foi diferente. Segundo determinação da câmara de regulação do mercado de medicamentos (CMED), o valor subira 12,5% a partir de 31 de março.

Ate então, acreditava-se que o percentual ficaria em torno de 10%. No entanto, uma conjunção de fatores levou o governo a aplicar um inesperado reajuste acima da inflação.

A base do calculo que determina o percentual de aumento é o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), que reflete o custo de vida de famílias que ganham entre 40 salários mínimos e é considerado pelo banco central do Brasil como o índice oficial de inflação.

Entre março de 2015 e fevereiro de 2016, a inflação foi fixada pelo instituto Brasileiro de geografia e estatística (IBGE) em 10,36%. Mas, além disso, são considerados outros três fatores para definir as faixas de correção no valor dos medicamentos ao consumidor final.

O primeiro deles considera a produtividade da indústria. Nos ultimo anos, o fator foi positivo, mas, diante da crise econômica que o pais enfrenta, este ano esta sendo diferente. Desta vez, a produtividade da indústria foi negativa, ou seja, a mão de obra contratada produziu menos que no ano anterior.

“O cálculo é feito para frente, considerando a perspectiva de produtividade. Tendo em vista a crise em que nos encontramos, sabemos que se torna muito difícil de haja de fato uma produtividade positiva para qualquer setor e a indústria farmacêutica não foge disso”, relata o presidente executivo do sindicato da indústria de produtos farmacêuticos do estado de São Paulo (Sindusfarma-SP) Nelson Mussolini.

Como não seria possível inserir um índice negativo na formula do calculo, o governo optou por considerar o valor igual à zero. Com fatores de produtividade nulos, outra mudança ocorreu na politica de reajuste de medicamentos em 2016. Ate então, o governo estipulava diferentes percentuais de aumento, considerando a concorrência das classes terapêuticas.

Eram definidas três categorias de medicamentos, considerando a participação dos genéricos. Para os produtos cuja concorrência com genéricos era maior, o percentual de reajuste era mais elevado. A medida era usada para compensar possíveis perdas entre segmentos. Setores mais concentrados poderiam repassar para o consumidor as perdas obtidas diante da necessidade de conceder maiores descontos e de trabalhar com preços menores, devido à alta concorrência.

“No entanto, com um ganho de produtividade nulo, não há necessidade de fazer esse contraponto, por isso o reajuste será linear para todas as categorias de medicamentos”, explica o diretor de inovação da Interfarma, Pedro Bernardes.

Por último, o cálculo leva em consideração forças econômicas, como cambio e energia elétrica, neste ano, em razão da desvalorização do real frente ao dólar e aos aumentos no valor da energia elétrica, o terceiro fator adicionou 2,14 pontos percentuais ao IPCA e colaborou para que o reajuste ficasse acima do esperado.

“O cálculo do governo mostra com clareza que ate a indústria farmacêutica, normalmente menos prejudicada por crises econômicas, esta sendo atingida pelo momento difícil que o Brasil enfrenta”, afirma o presidente executivo da Interfarma, Antônio Britto, por meio de nota oficial divulgada pela entidade.

Posição dos executivos

Apesar do maior reajuste dos últimos anos, alguns executivos julgam o percentual insuficiente, frente ao aumento de custo operacional sofrido no ano passado. “Nos últimos dez anos, a energia elétrica subiu 74%. Foi um impacto grande”, destaca Mussolini, citando também a variação cambial. “Em uma década, o dólar valorizou 66%. Só no ano passado, foi um aumento de 47%”, defende Mussolini.

A alta do dólar é um dos fatores que mais impactam sobre o setor farmacêutico, já que em torno de 95% da matéria-prima utilizada na fabricação de medicamentos é importada. Uma das reivindicações dos executivos do setor é que o cálculo utilizado pelo governo não é correto quanto ao peso da importação.

“Em um passado recente, houve alteração do peso da formula, de 29%, a importação passou a ter relevância de 14% nos cálculos, sendo que o nível de importação só cresceu, não caiu”, afirma Bernardes.

Há ainda outro fator que pesa na produtividade das indústrias brasileiras: o reajuste salarial. De acordo com Mussolini, no acumulo de dez anos, o percentual cresceu 117%. Em 2015, o aumento chegou a 8,5%, o que também agravou para que a pressão sobre o custo chegasse a níveis elevados.

Apesar do reajuste acima da inflação, os executivos acreditam que o percentual não será suficiente para reequilibrar a rentabilidade das empresas. “Nós ainda vamos ter uma rentabilidade abaixo do que estávamos acostumados. Tivemos um aumento de custo muito acima do que esperávamos. Há três anos não dava para imaginar que teríamos uma desvalorização tão forte da moeda como tivemos. Ninguém pensava que teríamos um impacto tão grande da energia elétrica. Apenas os gastos com mão de obra eram algo mais dentro da nossa realidade, nós sabemos que estavam num nível crescente, em razão de pressões de mercado, iriam aumentar”, descreve Mossolini.

Alternativas em vista.

 Como reequilibrar a conta? De acordo com o executivo do Sindusfarma, existem três maneiras de balancear a rentabilidade da indústria farmacêutica brasileira: reduzir o custo; aumentar a produtividade; ou aumentar o preço.

Para reduzir custos de produção, o caminho é conseguir comprar matéria-prima mais barata ou contar com a valorização do real. “Provavelmente, o real nunca mais vai voltar àquelas faixas de US$1,5, quando a gente estava surfando em ondas muito boas. Mas se chegar a US$3, ou um pouco abaixo disto, nós já recuperaremos parte da boa rentabilidade”, prevê.

O valor da mão de obra vem em uma crescente, mas, devido ao aumento do desemprego, há uma tendência do salario médio cair. “isso pode acontecer, o que nos ajuda. A energia elétrica voltando aos patamares de 2014, já seria boa referencia”, complementa.

Já o caminho de aumentar a produtividade esta no lançamento de produtos. O problema é que todo novo medicamento exige pesquisa, que por sua vez, demanda dinheiro. Com a queda da rentabilidade da indústria brasileira, o investimento em pesquisas pode ser comprometido a médio e longo prazos.

“A indústria ainda não esta tirando o pé da pesquisa, mas esta reduzindo custos. Infelizmente, existe muita empresa cortando a mão de obra, outras estão tentando racionalizar suas estruturas, para manter a pesquisa ativa e lançar novos produtos para melhorar a rentabilidade” revela Mussolini.

Players de mercado

 Em tempos de reajuste de preço dos medicamentos, todos os players do mercado farmacêutico ficam atentos. A indústria espera obter o retorno dos custos envolvidos no processo. “Quando não há remuneração correta do bem comercializado, não importa se você faz, vende ou consome o bem, todos saem perdendo”, defende Mussolini.

Para o executivo, o consumidor ganha em primeiro momento, por que ele vai pagar mais barato, mas, em contrapartida, perde mais a frente, quando a indústria deixa de investir em inovação e não apresenta novos produtos ao mercado.

Quando ao varejo, o presidente da federação brasileira das redes associativas e independentes de farmácias (FEBRAFAR, Edison Tamascia, garante que, as medidas corretas, o dono de farmácia não precisa temer o reajuste ou uma possível queda de rentabilidade. “Se o empresário tem capital disponível, não vai pagar juros, se esta em uma condição financeira boa, orientamos para que aumente o nível de estoque dos produtos de curva A e B, que ele vai vender nos próximos três meses. Neste período, ele conseguira ter um ganho significativo” aconselha.

Com preparo e organização, Tamascia acredita que não há motivos para temer a regulação de preços. “Não havendo regulação, a situação não é melhor. Pelo menos um preço de referencia”, pondera o executivo que espera que o varejo associativista consiga crescer 20% em 2016.

 

 

A importância de investir na farmácia para crescer

Considerando o momento econômico que estamos atravessando, e percebendo a luta das empresas pela sobrevivência e perpetuação no mercado, incluindo farmácias, falar da necessidade de investimentos que propiciem crescimento pode parecer, a princípio, contradição e utopia.

No entanto, destaca-se o fato de que, se não houver essa preocupação de crescer, no direcionamento das ações operacionais e estratégicas de qualquer empreendimento, podemos sacramentar a falta de condições para continuar existindo.Investir na empresa significa oferecer condições para que esta esteja cada vez mais preparada para novos desafios quando a economia voltar a aquecer – trazendo aumento de concorrência no segmento, diferenciais nas ações de vendas e no atendimento do pós-vendas, inovações tecnológicas de produtos ou serviços, e guerra de preços, entre outras situações.

Nesse caso, investimento necessariamente não representa tão somente colocar mais dinheiro no caixa, mas também a atualização dos gestores com informações relacionadas ao produto/serviço, o mercado de atuação (clientes, concorrentes, fornecedores, parceiros, colaboradores, etc.), e tendências de comportamento da economia – inclusive considerando cenários políticos que interferem diretamente no ambiente econômico.

O “crescer” em uma empresa pode ser percebido mais com o ganho de forças e poder de competitividade do que com o aumento do espaço físico, número de pessoas, quantidade de máquinas, etc. Na realidade, o crescimento está mais relacionado ao aumento do volume de produção e de vendas e/ou prestação de serviços. Esses são alguns dos fatores que realmente vão proporcionar maior geração de lucro no negócio.

Ao crescer, o empreendimento demonstra, acima de tudo, a capacidade gerencial das pessoas à frente do comando das atividades operacionais – principalmente, da formulação das estratégias de atuação da empresa no mercado, sendo uma delas a própria definição da utilização do lucro gerado no momento presente. Ou seja, ter o lucro como uma das reservas de recursos financeiros que subsidiarão o crescimento planejado da organização.

Com isso, a importância de investirmos no crescimento da empresa, quer com o seu próprio lucro, quer com capital dos sócios ou mesmo com recursos de terceiros, fundamenta-se no objetivo de que ela desenvolva mais forças competitivas, permaneça por mais tempo em atividade e conquiste maior participação das vendas totais no mercado onde atua.

Estipule Metas de Vendas para sua Farmácia e seja mais Lucrativo

COMO AUMENTAR AS VENDAS DA SUA FARMÁCIA?

Neste momento de instabilidade econômica e política que nosso País se encontra, as pessoas pensam sempre na contenção dos gastos e isso só acontece em virtude destas dúvidas e comentários que estão sendo divulgados através da imprensa, diante disso você se pergunta: “O que posso fazer a mais ou de melhor para que o meu negócio não entre neste furacão?”.

Trazendo esta realidade para as farmácias, ainda temos tempo para mudar, melhorar, inovar e principalmente CRIAR novas estratégias de vendas. Trabalhar mais com marketing, divulgar a sua farmácia em sua cidade e região. Devemos melhorar a abordagem ao cliente preparando a equipe, pois todos os profissionais podem e devem melhorar em suas funções. Os clientes observam tudo ao seu redor, o cliente é um ótimo observador, pense nisso.

Os atendentes devem dar orientações, passando segurança e eficiência ao cliente. Um atendente preparado e atencioso com certeza levará vantagem em suas vendas. A atenção farmacêutica também é muito importante, registrar a pressão, peso e altura, assim estará criando um registro com o histórico do cliente e, quando o mesmo retornar, poderá fazer uma nova verificação. Com certeza ele ficará envaidecido com este gesto de preocupação.

Outro ponto muito importante é a disposição dos produtos dentro da farmácia, como os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, esses produtos devem estar sempre em local de fácil acesso e com bastante luminosidade. Estes ambientes devem ser monitorados pela equipe da farmácia, não deixando produtos misturados ou maus expostos, isso pode trazer a sensação de desleixo.

A farmácia deve estar sempre preparada para oferecer benefícios ao cliente, sejam em promoção, descontos especiais, programas de benefício (PBM’s), comodidade (tele entrega). Por exemplo, fazer o registro do cliente e o medicamento, no caso de uso contínuo ou tratamento temporário, com o registro da posologia pode-se monitorar em quanto tempo o medicamento irá terminar, e com esta informação fazer uma venda antecipada, sugerindo a entrega em casa. O cliente ficará lisonjeado pela preocupação com a saúde dele, criando um vínculo de amizade. O consumidor tem que se sentir em casa, por que sabe o quanto ele é importante e sabe dos benefícios que a sua farmácia oferece.

Você precisa ter informações consistentes e fiéis para poder sentar junto aos fornecedores e parceiros e negociar da melhor forma possível. O estoque de produtos deve estar redondo. É preciso ter informações reais de volume de venda e acompanhar as sazonalidades. Baixando nosso e-Book “Estipule metas e seja mais lucrativo”, você tem todas essas e muito mais informações detalhadas de como aumentar a lucratividade de sua farmácia e não deixar que seu estabelecimento caia nesse “furacão”.

Cinco dicas para entender a rastreabilidade de medicamentos

Setor farmacêutico tem até dezembro de 2016 para se adequar à regulamentação.

Toda a cadeia do setor farmacêutico tem até dezembro de 2016 para se adequar à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que vai impactar fabricantes, distribuidores, hospitais, laboratórios, grandes redes varejistas e pequenas farmácias. Mas o que essas empresas precisam fazer para estar dentro da Lei? E para os consumidores e mercado em geral, quais os benefícios?
Segundo a Anvisa, não haverá novo adiamento do prazo para adequação à regulamentação de rastreabilidade de medicamentos.

Para facilitar o entendimento sobre a lei da rastreabilidade de medicamentos, impactos para as empresas e benefícios para o consumidor, confira abaixo um guia prático com os principais pontos que devem ser analisados.

1. O que é a norma?

Pela nova Lei da Anvisa, tanto a embalagem primária, quanto a secundária devem armazenar todas as informações referentes à fabricação: número serial, validade e lote, denominado de Identificador Único de Medicamento (IUM). Além disso, cada nova etapa no percurso até o medicamento chegar ao paciente – ou seja, distribuição, transporte, etc, – deverá ser rastreada.

2. Código bidimensional a favor da lei

O código bidimensional é diferente do código de barras tradicional com o qual estamos acostumados, encontrado em cobranças bancárias, produtos de supermercado, etc. No código de barras bidimensional, a grande vantagem é justamente a maior capacidade de armazenamento. Os códigos bidimensionais permitem codificar informações em espaços muito menores que os códigos tradicionais e agregar informações adicionais.

3. Que tipo de empresa será impactada pela lei?

A regulamentação vai impactar toda a cadeia farmacêutica: fabricantes, distribuidores, hospitais, laboratórios, grandes redes varejistas e até pequenas farmácias. A maior complexidade de adaptação e investimento será no processo produtivo, ou seja, nos fabricantes, pois são eles que terão que incluir todas as informações no produto com o código bidimensional. Os outros pontos da cadeia – distribuidores, hospitais, laboratórios e farmácias – também terão que se adaptar sendo capazes de fazer a leitura dos dados contidos em cada unidade do medicamento.

4. Quais as vantagens para o paciente?

A resposta é segurança! Quem nunca ouviu falar das pílulas contraceptivas de farinha ou dos lotes de medicamentos em que substâncias químicas foram inseridas nos comprimidos? A rastreabilidade existe exatamente para isso. Ao rastrear a origem, o destino e o trajeto dos medicamentos, ela auxilia a inibir o comércio de medicamentos falsos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto a média mundial de medicamentos falsificados é de 10%, no Brasil esse número chega a 19%.

5. Quais as vantagens para o setor farmacêutico?

A lei facilitará a identificação de itens roubados uma vez que forem encontrados pela fiscalização. Outra possibilidade é a maior facilidade de fazer um recall nas farmácias mediante um problema nos lotes de medicamentos. Após a fase de adaptação, estamos convictos de que a lei da rastreabilidade de medicamentos, pioneira no Brasil, será extremamente benéfica tanto para as empresas como para os pacientes.

Fonte: Guia da Farmácia

A “cara” que a farmácia deve ter

Pedagoga, psicóloga educacional e empresarial, com cursos de extensão na Universidade de Sorbonne, na França, Silvia Osso é uma das mais requisitadas consultoras do varejo farmacêutico, além de palestrante nacional e internacional. Por 25 anos, atuou no setor de Desenvolvimento de Pessoas na rede Drogasil. E hoje tem entre seus clientes algumas das maiores empresas do mercado. Autora dos livros Atender bem dá lucro, Administração de recursos humanos em farmácia e Programa prático de marketing em farmácias, aqui ela dá algumas dicas de como atender bem – e melhorar a imagem de sua farmácia

De modo geral, você considera as farmácias brasileiras bem “paginadas”?
As das grandes redes e algumas lojas associativistas, franquias ou licenciadas, sim. Mas cerca de 55 mil farmácias e drogarias ainda precisam se adequar.

Como cliente, quando você se sente acolhida e visualmente bem orientada ao entrar numa farmácia? Quando se sente desconfortável?
Essas farmácias já adequadas já têm um formato que traz em si estudos e formas corretas de “conduzir” prazerosamente o cliente. Nestas, eu me sinto “em casa”. Em geral, iluminação, piso, quantidade e disposição de mercadorias são muito adequadas. O desconforto vem em farmácias abarrotadas de produtos, geralmente desconexos com as categorias que ocupam. Um exemplo: fraldas estocadas até o teto e uma poeira danada. A falta de iluminação e os pisos sujos, escuros e mal cuidados também me afastam.

Você acha importante que toda farmácia tenha sua identidade visual, independentemente de ser de rede ou pequena, de bairro?
A identidade visual é a forma de estabelecer a marca e de mostrar como ela quer ser vista pelo consumidor. Todas as farmácias devem querer ter uma identidade própria que os torne referência no bairro, cidade, ou local onde estão inseridas.

Numa região geográfica, com uma população predominante de terceira idade, justifica-se aplicar à loja um lay-out mais adequado a essa faixa etária, pensando-se no conforto e no fluxo dos idosos pela loja?
As farmácias devem agradar a todos os consumidores, visto que não há lojas apenas para idosos. Ótima iluminação, conforto térmico e pessoal bem treinado, corredores amplos são exigências da vida moderna para qualquer cliente. Para os idosos, mais ainda – até porque eles podem ser cadeirantes.

Do ponto de vista da iluminação e do fluxo dos clientes na loja, as soluções hoje adotadas são satisfatórias, na média? O que é preciso mudar?
Como disse antes, ótima iluminação é requisito básico para qualquer estabelecimento comercial. Para farmácias, nem se fala. As lâmpadas de Led vieram para ficar: são mais econômicas e duradouras, permitindo economia para os proprietários. Para os clientes, dão mais luminosidade e deixam a farmácia muito mais clara, passando a impressão de amplitude.

Tem-se notado uma irritante poluição visual e espacial em cima de boa parte dos balcões das farmácias – são os produtos de promoção, de compra por impulso, que eles atulham lá em cima, prejudicando muito o contato com o atendente. Isso se justifica?
O profissional de farmácia pensa que vai vender mais, poluindo o balcão. Doce engano. Os clientes detestam lojas abarrotadas, principalmente pilhas de produtos nos balcões de atendimento e no checkout. Os que estendem e praticam o equilíbrio entre exposição e atendimento vendem mais.

Na área dos caixas deve-se mesmo colocar tantos itens para “compras de última hora”?
É interessante colocar no caixa produtos de venda por impulso, mas sem poluir demais, pois, com o excesso de produtos, o cliente se confunde e não compra. É preciso entender que as filas em farmácia não são tão grandes como as das Lojas Americanas – que usam essa estratégia para fazer o cliente consumir por impulso enquanto ficam na fila. Para elas. a poluição se justifica; para as farmácias não.

Farmácia brasileira não tem vitrine externa. Deveria ter?
Não. O metro quadrado da área de exposição é cada vez mais caro. Por isso, não se justifica a presença de vitrines externas. É muito melhor utilizá-las como prateleiras–vitrines, como as da Drogaria São Paulo e Pacheco, onde há a possibilidade do uso vitrinismo, se desejado. De qualquer forma, essas exposições são chamativas e agradáveis aos clientes.

Alguma recomendação especial para a apresentação pessoal da equipe de atendentes, em termos de vestimentas ou detalhes de maquiagem e cabelo, no caso das mulheres?
Clientes gostam de ser atendidos por profissionais bem cuidados: mãos limpas e bem cuidadas, maquiagem discreta, barba feita, cabelos cortados para os homens, e presos para as mulheres, além de uniformes impecáveis, são requisitos básicos. O uso de camisetas polo ou camisetas enfeiam os atendentes e, depois de alguns meses, geralmente estão malcuidadas e mostram sinal de desleixo. Em varejo, tudo é imagem e cada detalhe conta.

Em sua visão, como expert e consumidora, quais são os erros imperdoáveis cometidos pela equipe de atendimento de uma farmácia, daqueles que afugentam o cliente de vez?

Por ordem do pior para o menos pior:

– Aparência mal cuidada
– Falta de cumprimento inicial, como bom dia, boa tarde, etc
– Falta de sorriso e simpatia verdadeira
– Verbalização com gírias, erros de concordância
– Falta de atenção para com o cliente
– Conversas paralelas entre os colegas de trabalho
– Indiferença
– Falta de atenção ao ouvir o que o cliente fala
– Demonstração de má vontade
– Falta de capacidade técnica ou de conhecimento sobre o produto ou serviço.

A importância do merchandising

Para fazer com que os clientes comprem mais e destacar-se em meio a tantos concorrentes, é indispensável fazer um bom merchandising. Sabemos que clientes são influenciados pela ambientação da loja e por seus funcionários e que pesquisas indicam que mais de 80% das compras é decidida por impulso. Somente a correta aplicação de boas técnicas de merchandising garante que a loja não perca oportunidades de vendas. Vejamos alguns aspectos importantes:

1 – A fachada deve permitir comunicação visual adequada, durante o dia e à noite, com excelente comunicação visual. Paredes, calçadas e parte externa devem estar limpas, sem adesivos de propaganda inúteis e bem cuidadas. A loja deve poder ser visualizada de forma que, do lado fora, se observe a maioria de sua exposição e arrumação.

2 – O layout deve permitir a circulação tranquila dos clientes e a visualização de toda a loja. Como o atendimento na maioria das lojas é do tipo misto, com autosserviço para alguns itens e assistido para outros, o layout deve privilegiar a área de autosserviço, melhor posicionada.

3 – Deve-se cuidar para que o cliente visualize o balcão de atendimento desde a entrada, de forma que, para alcançá-lo, ele tenha que passar por corredores entre as gôndolas ou equipamentos, estimulando a visualização dos produtos e a compra por impulso. Já não se usa mais o indesejável efeito labirinto ou o antigo “espinha de peixe”. É indispensável dispor as gôndolas de forma linear e simétrica.

4 – O piso, a iluminação e o conforto térmico devem ser muito cuidados, já que a farmácia é, em primeira instância, um estabelecimento de cuidados da saúde e bem-estar. Ela, portanto, deve demonstrar esse cuidado em tempo integral. Nada de cores muito fortes e excesso de sinalizadores visuais internamente, confundindo e escurecendo a farmácia.

5 – Os móveis dão impacto direto no layout. O melhor projeto é o que permite o máximo aproveitamento do espaço e a durabilidade do equipamento – que deve permitir a máxima mobilidade das prateleiras, bem como a utilização de acessórios como gancheiras e outros expositores em qualquer local, altura ou dimensão. A altura das gôndolas também deve ser cuidada, de forma a que todos possam ver a farmácia da entrada até o fundo. E que, por medida de segurança, os funcionários possam ver-se entre si, permitindo que, em caso de possíveis furtos, possam se comunicar e ajudar até com um olhar.

6 – A melhor localização do caixa privilegia o cliente e não o lojista. Se houver cadeiras para clientes se sentarem, tenha um ambiente associado à área do medicamento como um diferencial e com decoração mais atraente. Evite que o cliente veja pelo caminho: caixas vazias, estoques e material de limpeza esparramado pelo chão ou caminho.

7 – Quanto à exposição e apresentação adequada dos produtos, estes devem ser dispostos obedecendo a uma adequada gestão de categorias, preservando grupos ES ubgrupos. As frentes mínimas devem ser definidas de acordo com o giro dos produtos: quanto maior a venda, mais frentes o produto deve ter na gôndola. Os sazonais devem ser privilegiados com mais frentes e até pontos extras.

8 – As pontas de gôndolas são pontos nobres e permitem melhor visualização dos produtos, incentivando a compra por impulso, mesmo que não estejam com grandes descontos. Devem ser usadas para promoções com as datas festivas do comércio, épocas do ano e chamada para os produtos dos folhetos promocionais.

9 – Evite poluir o visual da loja com displays e expositores oferecidos pelos fornecedores. Só aceite se eles pagarem por isso.

10 – Faça o caixa perguntar: “O Sr. (a) encontrou tudo que desejava em nossa loja?”. Se fizer a pergunta, a funcionária deve anotar a resposta, na hora, à sua frente. A partir da resposta é possível tomar atitudes que evitem perda de venda no presente e no futuro.

 

Fonte: ABCFarma

Informações básicas auxiliam no uso correto de medicamentos

Durante o atendimento, o farmacêutico pode abordar os pontos mais importantes.

O controle do uso abusivo de medicamentos, sem orientação médica, é um dos papéis do farmacêutico. Durante o atendimento diário, é importante passar aos consumidores noções de cuidados com a saúde e dicas de como manusear e utilizar os medicamentos corretamente.

Confira seis pontos que devem ser repassados a respeito do uso adequado de medicamentos:

1. Somente o médico ou o farmacêutico podem oferecer as orientações corretas sobre um determinado medicamento. Não se deve usar medicamento aconselhado por conhecidos, pois o mesmo sintoma pode não significar a mesma doença.

2. A automedicação, principalmente com antibióticos e psicotrópicos, deve ser evitada. No caso dos antibióticos, o uso incorreto no que diz respeito à dosagem e aos horários pode causar resistência à medicação durante o tratamento. Já o uso abusivo de psicotrópicos, pode levar à dependência química, além de severos efeitos colaterais.

3. Outro alerta importante é sobre as condições de saúde em que o paciente se encontra. É importante informar o médico ou o farmacêutico sobre as condições gerais de saúde, como gravidez, amamentação, alergias a medicações. O paciente também deve informar todos os medicamentos que estiver utilizando e se algum já lhe causou problemas como dor no estômago, enjoo, tontura, vermelhidão na pele, entre outros.

4. A forma adequada e segura de guardar os medicamentos também deve ser seguida corretamente. É preciso mantê-los num armário fechado, longe do alcance de crianças e animais, protegidos da luz e umidade.

5. É preciso atenção redobrada ao medicar crianças, pois nem todo medicamento indicado por adulto pode ser usado por elas.

6. Medicamentos não devem ser ingeridos na posição deitada e nunca com refrigerante, chá, café ou bebidas quentes. Sempre com água.