Novo coronavírus movimenta farmácias e tem impacto no setor

Diversos impactos já são sentidos, como é o caso da escassez de máscaras de proteção, álcoois em gel e diversos MIPs para gripes e resfriados

De acordo com a IQVIA, que desde ontem (19/03) começou a fazer newsletters semanais sobre o COVID-19, o mercado farmacêutico total, englobando as áreas farma, consumer health, institucional, medtech, entre outras, será impactado com a pandemia do novo coronavírus.

Atualmente, diversos impactos já são sentidos, como é o caso do redirecionamento de todos os recursos de saúde para o tratamento do vírus, a liberação temporária da telemedicina no Brasil e a venda de álcoois em gel a preço de custo.

Mudanças nas vendas

Na Itália, em cinco semanas, as vendas de higienizadores de mãos, como o álcool em gel cresceu oito vezes. Já no Brasil, ainda é cedo para mensurar o real impacto da doença no setor da saúde. Contudo, já vemos que remédios para gripes e resfriados e outros medicamentos isentos de prescrição (MIPs) estão escassos nas prateleiras.

Além disso, os dados mostram um aumento de 30 mil unidades de máscara de proteção vendidas em fevereiro de 2019, para 128 mil unidades em fevereiro último.

Na categoria de higienizadores para as mãos, as vendas também alcançaram altos patamares, crescendo 235,5% e, assim, causando a falta de tais itens.

Coronavírus no varejo farma

Em comparação ao mês de março do ano passado, o atendimento remoto cresceu 586% em países como a China e 77% na Coréia do Sul.

Desse modo, é possível que a pandemia também traga mudanças no atendimento ao cliente, que pode desenvolver o hábito de ter um maior engajamento virtual, exigindo o treinamento de equipes voltadas a atender remotamente.

Fique atento ao portal Guia da Farmácia para acompanhar todas as novidades sobre o novo coronavírus e sobre o impacto da pandemia no setor farmacêutico.

Foto: Shutterstock

Fonte: Guia da Farmácia

Pesquisadores testam remédios para combater novo coronavírus

Pelo menos quatro estão em teste: hidroxicloroquina, usada contra a malária; kevzara, contra artrite; favipiravir, um antiviral; e remdesivir, contra ebola.

Cientistas do mundo inteiro estão fazendo testes clínicos com remédios que já existem para descobrir como tratar pacientes com a Covid-19 em situação grave. E há alguns avanços.

O presidente americano, nesta quinta-feira (19), falou sobre dois desses remédios: “estamos trabalhando para que o maior número de americanos tenha acesso a essas drogas”, disse.

O chefe da agência americana que regula remédios e alimentos explicou que a vantagem de usar um medicamento que já existe é ganhar tempo. Mas ele alertou que é preciso muita cautela. Stephen Hahn lembrou que há um mar de tratamentos sendo testados, e disse “temos que dar o remédio certo na dose certa no momento certo para o paciente certo, para evitar que faça mais mal que bem”.

Pelo menos quatro remédios estão em teste: a hidroxicloroquina (ou cloroquina), usada principalmente contra a malária; kevzara, contra artrite; favipiravir, que é um antiviral; e remdesivir, criado para combater o vírus do ebola.

A cloroquina foi testada em um grupo muito pequeno em Marselha, na França, em 20 pacientes. O vírus desapareceu depois de seis dias.

O teste com o kevzara vai começar com pacientes em Nova York e vai ser expandido para 16 lugares. A intenção é estudar a reação em 400 pacientes em estado grave para entender o impacto na febre e falta de ar.

A China prometeu publicar em breve um estudo detalhado do uso do favipiravir, desenvolvido no Japão que, segundo médicos chineses, mostrou resultados promissores em 340 pacientes.

O Remdesivir salvou a vida de um paciente com a Covid-19 nos Estados Unidos, segundo o New England Journal of Medicine. Na Universidade de Nebraska, o médico brasileiro André Kalil lidera os testes com essa droga e espera ter um resultado preliminar nos próximos meses.

Apesar dos testes trazerem esperança, ainda é muito cedo para saber se esses remédios realmente serão eficazes no tratamento da Covid-19. Os especialistas são unânimes no alerta de que a automedicação pode causar um problema ainda maior do que o próprio coronavírus.

“Se simplesmente as pessoas começarem a receber qualquer tipo de medicação, não só vai haver o risco de pessoas morrerem em função das drogas em vez de morrerem em função do vírus, mas também, no final do surto, nós não vamos saber o que funciona e o que não funciona”, explicou Kalil.

Fonte: Jornal Nacional

Comitê aprova prorrogação do pagamento de tributos do Simples Nacional por seis meses

Decisão faz parte das medidas do governo para proporcionar mais tranquilidade às empresas por conta da pandemia do coronavírus. Medida não vale para tributos de fevereiro

Publicada na Edição Extra do Diário Oficial da União do dia 18.03.2020, a Resolução CGSN n° 152/2020, prorrogando o prazo para pagamento dos tributos federais no âmbito do Simples Nacional, aplicável também aos Microempreendedores Individuais (MEI).

A prorrogação aplica-se aos meses de março a maio de 2020, em função dos impactos da pandemia do COVID-19. Os prazos são:

Não se aplica o direito a restituição para os casos de recolhimento dos DAS dos períodos de apuração prorrogados.

Fica mantida a data de vencimento de 20.03.2020 relativa ao período de apuração de fevereiro de 2020.

O governo federal já tinha anunciado que faria mudanças no pagamento do Simples. Até aquele momento, a ideia era prorrogar em apenas três meses.

Fonte: Econet Editora Empresarial Ltda. e G1

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Brasil registra 375 novos medicamentos em 2019

Resultado reflete melhorias nos processos de trabalho e de análise de pedidos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) bateu novo recorde no número de registro de novos medicamentos.

De acordo com dados inéditos do órgão, até 23 de dezembro de 2019 foram autorizados 375 produtos farmacêuticos contra 187 em 2017, o que corresponde a um aumento de 100% em apenas três anos.

Este é o segundo ano consecutivo em que a quantidade de registros supera os anos anteriores – em 2018 foram 329. Também é, igualmente, o maior número desde 2015.

Registro de novos medicamentos reflete melhoria de processos

Para a Anvisa, os dados refletem não apenas a melhoria de processos, como também da gestão do trabalho na instituição, o que reduziu o tempo de análise de pedidos de registro.

Algumas das estratégias adotadas foram, em primeiro lugar, a simplificação de processos internos, o uso de dados de registro em outros países para subsidiar análises e a adoção do teletrabalho, mediante aumento de 20% da produção dos servidores.

Ademais, houve, ainda, a priorização de pedidos, como no caso de medicamentos para doenças raras.

A Agência reforça que a agilidade no atendimento aos pedidos de registro gera impacto direto no acesso da população a novas alternativas terapêuticas.

Redução de indeferimentos

A Anvisa também bateu novo recorde em relação à porcentagem de indeferimentos (pedidos negados) de registro em 2019.

De acordo com os dados, menos de 25% das solicitações analisadas foram indeferidas, sendo este o menor valor desde 2015.

Isso demonstra uma melhor instrução processual, por parte das empresas, e uma maior interação e diálogo entre a Agência e o setor regulado.

Fila de petições em 2018 e 2019

A análise de dados de 2019 mostra, ainda, uma redução na quantidade de pedidos de registro de medicamentos aguardando análise junto à Anvisa.

Em 2019, o número de petições na fila foi 233,6% menor do que em 2018 (589). As maiores reduções nas filas de análise foram as de radiofármacos (87,5%), genéricos e similares (65,7%) e medicamentos inovadores (54,5%).

Fonte: Guia da Farmácia via Ascom/Anvisa

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